quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As Responsabilidades dos Líderes Religiosos - 7/7

VII. JESUS EXALTA A PRÁTICA DA JUSTIÇA
Após ressaltar a prudência do mordomo infiel (sem aprovar sua desonestidade), Jesus aconselha em outra direção:
1. Fiel no mínimo (Lc 16.10a): O Senhor asseverou que o ser fiel nas mínimas coisas pode merecer a confiança de muito mais. Na verdade, se alguém é honesto, deve sê-lo em tudo. Neste particular, não existe meio termo: Ou é ou não é.
2. Injusto no mínimo (Lc 16.10b): De igual modo, Jesus disse que o injusto no mínimo, o é também no muito. Os afamados ladrões começam com pequenos furtos; os grandes criminosos iniciam com pequenos delitos. Na igreja, os crentes infiéis começam pelas pequenas coisas. Um “pecadinho” aqui, outro ali e, por fim, o desvio total.
3. Não se pode servir a dois senhores (Lc 16.13): Esta sentença de Jesus já se tornou proverbial em todo o mundo: “Não podeis servir a Deus e a Mamon”. O Senhor queria, certamente, dizer que não se pode ser fiel a Deus, e angariar riquezas injustas, ao mesmo tempo. 
Vemos que Jesus exalta a prudência, condena a desonestidade e a infidelidade, o que pode ser comprovado em Lc 16.15, quando Ele afirma: “o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”. Nosso Senhor nos ensina, com essas palavras, a sermos escrupulosos, fiéis em tudo, e nos previne a não pensarmos que o procedimento, em assuntos pecuniários, de conformidade com o mordomo infiel, seja coisa insignificante. Jesus quer que não nos esqueçamos de que o modo como o homem procede em relação ao "muito pouco", dará uma prova de sua índole e que a injustiça "no muito pouco" é grave sintoma do mau estado em que se encontra o coração. Sem dúvida, não nos dá a entender, nem por sombra, que a honradez em questões pecuniárias pode tornar justas as nossas almas ou purificá-las dos nossos pecados, porém, ensina-nos, clara e positivamente, que a má fé nas transações é sinal de que o coração não é reto aos olhos de Deus.
O ensino que o Senhor nos dá há de merecer consideração muito séria nos tempos que correm. Parece que existem pessoas que se persuadem da possibilidade de divorciar a religião verdadeira da honradez comum, e que se alguém é ortodoxo na doutrina, pouco importa que na prática use a trapaça ou o engano. As palavras de nosso Mestre são, de fato, um protesto solene contra essa perniciosa idéia. Destarte, devemos velar para não cairmos em semelhante erro. Defendamos com energia as doutrinas gloriosas da salvação pela graça e da justificação pela fé, porém, longe de nós supor que a verdadeira religião autoriza, de alguma forma, o menosprezo da segunda tábua da Lei. Não nos esqueçamos, nem por momentos, de que a verdadeira fé se conhece por seus frutos. Estejamos certos de que quem não é honrado, não possui a graça divina. Por outro lado, o leitor deve entender que essa parábola não foi dirigida aos escribas e fariseus, mas aos discípulos. Estes ouviram a lição que Jesus dera aos hipócritas, ouviram falar de um homem que malbaratou seu dinheiro e também de outro que havia empregado a má fé. Em sua presença, tinha-se descrito com cores vivas o pecado da libertinagem; era coerente que se lhes oferecesse agora um quadro de uma falta menos chocante - a da fraude e engano.
As lições contidas nesta parábola:
• E prudente estarmos preparados para o futuro.
• É importante fazer bom uso do dinheiro.
• Temos de ser fiéis, mesmo nas coisas menores.
Os servos de Deus, nos dias em que vivemos, devem ser fiéis e prudentes, para não dissiparem os bens do Senhor. Cada um de nós deveríamos estar tão determinados a assegurar o nosso futuro no Céu como esse administrador esteve em assegurar o seu futuro na Terra.

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