quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Salmo 39: Longe de Deus, a vida passa rapidamente e é vazia.

Salmos 39:1-13
1 - Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua; porei mordaça à minha boca, enquanto estiver na minha presença o ímpio.
2 - Emudeci em silêncio, calei acerca do bem, e a minha dor se agravou.
3 - Esbraseou-se-me no peito o coração; enquanto eu meditava, ateou-se o fogo; então, disse eu com a própria língua:
4 - Dá-me a conhecer, SENHOR, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.
5 - Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.
6 - Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará.
7 - E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança.
8 - Livra-me de todas as minhas iniqüidades; não me faças o opróbrio do insensato.
9 - Emudeço, não abro os lábios porque tu fizeste isso.
10 - Tira de sobre mim o teu flagelo; pelo golpe de tua mão, estou consumido.
11 - Quando castigas o homem com repreensões, por causa da iniqüidade, destróis nele, como traça, o que tem de precioso. Com efeito, todo homem é pura vaidade.
12 - Ouve, SENHOR, a minha oração, escuta-me quando grito por socorro; não te emudeças à vista de minhas lágrimas, porque sou forasteiro à tua presença, peregrino como todos os meus pais o foram.
13 - Desvia de mim o olhar, para que eu tome alento, antes que eu passe e deixe de existir.
 
O salmista olha para a sua própria vida, mergulhada na tristeza, por razões que não diz (isto é da arte), e procura um caminho para voltar a sorrir. Sua primeira tentação foi soltar a língua e falar tudo o que lhe viesse à mente. Olhou em volta e desistiu. Suas palavras seriam mal interpretadas.
Decidiu, então, se calar, mas não deu certo. Sua angústia solitária só aumentou. Tomou, por último, a melhor escolha: decidiu orar e abrir seu coração, com sinceridade, falando tudo o que lhe ocorresse mas ao Senhor Deus. Em seu pedido, ele reconhece a sua fragilidade e a inutilidade dos seus esforços em direção à felicidade. Ao faze-lo, mistura afirmações contraditórias, entre a bondade e a severidade de Deus. Termina, dizendo que só Deus pode lhe restituir a alegria da vida.

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