quinta-feira, 14 de julho de 2016

Salmos 85: O povo de Deus pede a misericórdia, depois de sofrer por seus pecados.

SALMOS 85:1-13
1 Foste favorável à tua terra, ó Senhor; trouxeste restauração a Jacó.
2 Perdoaste a culpa do teu povo e cobriste todos os seus pecados.
3 Retiraste todo o teu furor e te afastaste da tua ira tremenda.
4 Restaura-nos mais uma vez, ó Deus, nosso Salvador, e desfaze o teu furor para conosco.
5 Ficarás indignado conosco para sempre? Prolongarás a tua ira por todas as gerações?
6 Acaso não nos renovarás a vida, a fim de que o teu povo se alegre em ti?
7 Mostra-nos o teu amor, ó Senhor, e concede-nos a tua salvação!
8 Eu ouvirei o que Deus, o Senhor, disse; ele promete paz ao seu povo, aos seus fiéis! Não voltem eles à insensatez!
9 Perto está a salvação que ele trará aos que o temem, e a sua glória habitará em nossa terra.
10 O amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se beijarão.
11 A fidelidade brotará da terra, e a justiça descerá dos céus.
12 O Senhor nos trará bênçãos, e a nossa terra dará a sua colheita.
13 A justiça irá adiante dele e preparará o caminho para os seus passos.

O povo de Deus pede a misericórdia, depois de sofrer por seus pecados. Este é o tema do Salmo 85. Não temos certeza do contexto histórico deste Salmo, mas muitos estudiosos acreditam que tenha sido escrito para celebrar a volta do povo do cativeiro na Babilônia. Independente da circunstância histórica, o Salmo mostra o desejo do povo arrependido de manter sua comunhão restaurada com Deus. “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Salmo 85:10). Este versículo descreve a circunstância maravilhosa depois da reconciliação dos pecadores arrependidos com seu Deus misericordioso. O versículo apresenta dois pares de palavras de contraste: Graça X Verdade e Justiça X Paz. A verdade e a justiça sugerem aspectos da santidade de Deus. Ele é santo, reto, verdadeiro e perfeitamente justo (Isaías 6:3). É esta santidade que não suporta o pecado do homem, pois Deus vive acima da iniqüidade: “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal” (Salmo 5:4). A santidade de Deus traz a sua ira sobre os pecadores. Os israelitas sentiram esta ira antes da sua reconciliação (Salmo 85:4-5). A ira divina permanece sobre os ímpios e rebeldes (João 3:36). A graça e a paz são características do amor de Deus. João diz simplesmente: “Deus é amor” (1 João 4:7). A misericórdia de Deus, manifestada na graça que ele estende ao pecador, é eterna (Salmo 136). Pela graça, ele oferece a salvação ao pecador e o restaura à paz com ele. Na perfeição de Deus, a santidade e o amor coexistem. Mas o pecado do homem afasta a bondade de Deus e traz sobre si a severidade (Romanos 11:22). Como é que o homem pode ver a justiça e a paz se beijarem? Os temas de Salmo 85:10 são bem explicados no sacrifício de Jesus Cristo: “para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3:26). A santa justiça de Deus exige o pagamento pelo pecado (cf. Romanos 6:23), e o sangue de Jesus demonstra a graça e paga o preço das nossas iniqüidades. Jesus Cristo é a nossa paz (Efésios 2:13-18). A justiça e a paz se beijaram!
– por Dennis Allan

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