domingo, 29 de janeiro de 2017

Livros que o BlogIEP indica: Paixão pelas Almas - Oswald Smith

Resumo do Livro:
O livro paixão pelas almas, de Oswald Smith fala de como Deus pode suscitar um reavivamento em um contexto de frieza e apostasia. Nos mostra que o Eterno é o dono da obra e é Ele quem tem o maior interesse por despertar nos corações a chama do Evangelho de Jesus Cristo. O despertar da primeira chama é o Espírito Santo quem conduz nos convocando a orar e a meditar em Sua Palavra. Como logo retrata o relato de Charles Finney no início do livro: "Na pequena aldeia de Adams, do outro lado da fronteira com os Estados Unidos, em 1821, um jovem advogado dirigiu-se a um local retirado nos bosques, a fim de orar. Deus veio ali ao seu encontro, ele se converteu admiravelmente ao Senhor, e pouco depois foi cheio do Espírito Santo. Esse homem se chamava Charles G. Finney". O testemunho de vida de fiéis cristãos, apaixonados por almas era o alimento do autor do livro e serve de motivação para igreja moderna. É importante nos voltarmos à história dos grandes avivamentos para nos inspirarmos a buscar o mesmo mover do Espírito. Vejamos o seguinte relato do livro: "O chamado Grande Despertamento do século XVIII, sob a liderança de João Wesley, a vibrante Manifestação Irlandesa de 1859, a gloriosa visitação norte-americana do século XIX, sob Charles G. Finney, e o poderoso reavivamento do País de Gales, em 1904 e 1905, são fenômenos espirituais que têm sido minha comida e minha bebida há anos." Quando lemos relatos como o de Jonh Wesley, redigidos por Smith, passamos a ver como ele era impactado pela necessidade de agradar a Deus e estar pregando de acordo com o interesse do Senhor. Pelo pragmatismo que vivemos na igreja moderna, muitas vezes somos tentados a pregar o que a igreja quer ouvir e não o que ela precisa ouvir. Nossas mensagens tem se distanciado do querer e da vontade de Deus, por isso vemos movimentos superficiais gerados pelo querer humano e por sua vaidade, em mensagens antropocêntricas que nada tem a ver com o querer do Senhor e com o mover do Espírito Santo. Vejamos o que Smith ressalta em seu livro:
"Quando João Wesley concluía sua mensagem, clamava a Deus para que “confirmasse a Sua Palavra”, para que “apusesse o Seu selo” e para que desse testemunho de Sua Palavra. E assim Deus fazia. Os pecadores eram tocados imediatamente, e começavam a clamar pedindo misericórdia, sob tremenda convicção de pecado." Outro fato que muito chamou minha atenção foi o relato que Oswald publica em relação a análise do livro de Atos. Ele procurou averiguar qual era a metodologia empregada pela igreja primitiva para o crescimento do Evangelho e como eles ardiam de amor pelas almas. E ele chegou a conclusão que estamos longe do propósito da igreja primitiva e nossa visão não é a mesma da visão de Atos. Vejamos o relato: "Como eu estava longe disso tudo! Como eu havia fracassado! Havia falhado exatamente naquela parte do ministério para o qual Deus me chamara. Raramente eu poderia escrever, após haver pregado, que “muitos, crendo se converteram ao Senhor”, ou mesmo que “alguns creram”. Também não me encontrava em posição de relatar juntamente com Paulo aquilo que “por meu ministério Deus fizera entre os gentios”." O primeiro passo para um reavivamento é reconhecer nossa debilidade e fazermos uma autocrítica para depois nos colocarmos na total dependência de Deus. Nós hoje vemos muito pouco o mover de DEus , pois somos uma igreja medíocre na oração. Temos muita teoria e pouca prática. Esse relato de Smith muito me chocou, pois demonstra que nós somos meros coadjuvantes na causa do Evangelho e que é Deus quem opera tudo naqueles que dão lugar para Seu agir. Vejamos: "A conversão é uma operação efetuada pelo Espírito Santo, e a oração é o poder que assegura essa operação. As almas não são salvas pelo homem, e sim, por Deus; e posto que ele opera em resposta à oração, não temos outra alternativa além de seguir o plano divino. A oração movimenta o braço divino, que põe o avivamento em ação." Como somos cristão medíocres, como oramos pouco, como nos preocupamos pouco com a causa do Evangelho. Temos esperado muito de Deus, apenas ao nosso favor, mas quando o assunto é doar nosso tempo pela causa do próximo nós renunciamos a nossa MISSÃO!!! Que igreja de Cristo somos nós?!!! O relato, a seguir de um pregador chamado Jonh Livingstone nos demonstra que ter intimidade com Deus através da oração faz toda a diferença em nosso ministério. A minh'alma se compadece ao ler isso e sou confrontada a assumir a minha responsabilidade pela mediocridade do meu ministério, pois oro muito pouco. O Evangelho é cruz, ainda existe um preço a ser pago:
"“John Livingstone passou a noite inteira, anterior a 21 de Junho de 1.630 em oração e conferência, estando designado para pregar no dia seguinte. Após haver falado por cerca de uma hora e meia, algumas gostas de chuva predispuseram o povo para debandar. Livingstone perguntou se porventura havia algum abrigo capaz de protegê-los contra a tempestade da ira de Deus, e prosseguiu por mais uma hora. Houve cerca de quinhentas conversões naquele mesmo lugar” (Livingstone de Shotts)."
Se queremos almas devemos buscar por elas, pensar nelas dia e noite, chorar por elas, sonhar por elas, nos esmerar por elas. Devemos respirar a oportunidade de falar de Cristo, almejar como o alimento a fome e sede da Palavra aplicada em nós. Não só na teoria, mas na prática. Somo tão "soberbos" ao pensar que é o nosso talento e o nosso conhecimento que vai mover a mão de Deus sobre a terra. Se não reconhecermos a total dependencia do Senhor Jesus e do Espírito Santo de nada nos adiantará frequentarmos as melhores escolas de teologia e centros de preparo evangelístico. Ou é por Deus ou nada irá acontecer!!!! Vejamos o relato a seguir: “É o extraordinário poder de Deus, e não os talentos humanos, que obtém vitória. É da unção espiritual extraordinária e não de poderes mentais extraordinários, que precisamos. O poder intelectual pode encher um templo, mas o poder espiritual enche o templo de angústia de alma. O poder intelectual pode atrair numerosa congregação, mas somente o poder espiritual pode salvar almas. Precisamos de poder espiritual” (Charles H. Spurgeon). A verdadeira mensagem do Evangelho deve envolver quatro verdades: a Salvação, a Vida Interior Profunda, as Missões Estrangeiras e o Segundo Advento de nosso Senhor. Se o evangelho pregado não envolve esses aspectos não podemos chamar de evangelho. Sabemos que estamos dando voltas como igreja, sem sairmos do lugar, desde que adentrou em nosso meio o evangelho da prosperidade. Concentramos nossos esforços para construir suntuosos templos, com luxo que ostentam um "império eclesiásticos", empregamos nossos esforços para lindos e mega eventos que só concentram os próprios crentes dentro dos tempos, com uma visão míope do Reino. Pouco investimos em evangelização, em formação de vocacionados e o nosso modelo político-eclesiástico nos coloca de mãos dadas aos apelos seculares. É doloroso ver a aliança entre a igreja moderna e o secularismo. Estamos tão preocupados em questões socio-políticas que nos esquecemos que o Reino de Deus é já, é aqui, como dizia Stott, mas ainda não, porque temos que porfiar por Ele. Quanto o cristão não perde mais o seu sono para orar por almas, quando o cristão não se importa mais com a corrupção ao seu redor, quando a dor do outro deixa de ser o chamado de Deus para o cumprimento do mandamento ético: "amai ao próximo como a ti mesmo"; é chegada a hora de clamar por um reaviamento urgente.
Concluo minha percepção do livro com a frase do próprio autor:"Quando o crente houver perdido o seu primeiro amor, chegou o momento de ele precisar de reavivamento espiritual." E nunca na história da igreja essa frase foi tão verídica!!! Precisamos voltar ao primeiro amor, às primeiras obras. Precisamos, urgentemente, rever nosso conceito de cristãos.

Que Deus se compadeça de nós!!
Em Cristo Jesus,
Angélica Alves

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