terça-feira, 18 de abril de 2017

Curiosidades Bíblicas: Sobre a Páscoa

Páscoa – do Hebraico Pessach, que significa Passagem – é uma data considerada pelos cristãos como a maior e a mais importante festa de sua religião. Nesta data, é celebrada a ressurreição de Jesus Cristo, depois da sua morte por crucificação, que teria ocorrido nesta época do ano, em 30 ou 33 da Era Comum. A Páscoa pode cair em entre 22 de março e 25 de abril.

NAS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS
Uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do Inverno para a Primavera, durante o mês de março. Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os povos da antiguidade, o fim do Inverno e o começo da Primavera eram de extrema importância, porque estavam ligados a maiores chances de sobrevivência, em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.

PÁSCOA JUDAICA
Entre os judeus, esta data assume um significado de grande relevância, porque marca a fuga deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram escravizados pelos faraós durante, aproximadamente, 400 anos. A história é narrada no Antigo Testamento da Bíblia, no livro do Êxodo. Nessa data, os judeus preparam e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.





A PÁSCOA CRISTÃ
Entre os cristãos, esta data celebra a ressurreição de Jesus!
Veremos que a primeira festa da páscoa (PESSACH), cumpriu-se de maneira perfeita em Jesus. O calendário bíblico começa com o mês primaveril de Nissan ou Abib; no dia 14 desse mês, ao entardecer, começa a páscoa judaica quando eram mortos os cordeiros. Em Ex. 12 Deus deu instruções a Moises sobre tudo o que deveria ser feito na noite em que o anjo destruidor passaria pelo Egito. Moises ordenou que no decimo dia do 1 mês toda a família israelita deveria tomar para si um cordeiro ou um cabrito, macho de 1 ano, sem defeito (Ex.12, 3 a 6) essa ordenança teve seu cumprimento de maneira impressionante em Jesus, que tornou-se o cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo. Seis dias antes da páscoa Jesus chegou a Betânia (Jo.12.1) próximo a Jerusalém, no primeiro dia da semana santa (domingo de ramos) ele entrou na cidade sobre um jumentinho acompanhado dos brados de jubilo do povo e dos discípulos (Jo. 12.12) ele veio a Jerusalém conscientemente para sofrer e morrer, a respeito disso havia falado varias vezes aos seus discípulos, mas eles não conseguiram entende-lo. Como podemos ver esse foi o decimo dia do primeiro mês, quando o cordeiro pascal tinha de ser separado. Jesus igualmente separou-se e recolheu-se para a sua ultima jornada de sofrimento e morte, como aconteceu com o cordeiro no Egito, que antes de ser sacrificado foi preparado por quatro dias (Ex. 12.6). A entrega de Jesus para ser sacrificado é descrita em Jo. 19.14 a 16, lemos o vers. 14> era a preparação da páscoa quase a hora sexta..... tudo aconteceu nesse dia, embora os sacerdotes e anciões do povo tentassem evitar a dissidência com a festa (Mt26.4 a 5) a pressa que o processo e a execução acontecerão, mostra como se procurou resolver a questão rapidamente, porque a festa estava próxima. Jesus ficou pendurado na cruz por seis horas, das nove horas da manha as três da tarde, quando inclinou a cabeça e morreu. A tradição judaica determinava que se  começassem a sacrificar os cordeiros pascais  as três horas da tarde. A Exatidão do cumprimento do simbolismo em Jesus é impressionante, como se Deus quisesse mostrar ao seu povo mais uma vez, “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O elemento mais importante do cordeiro pascal no Egito era o sangue, que devia ser passado nas ombreiras e vergas das casas. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes, quando eu ver o sangue passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito (ex. 12.13) da “palavra passarei em hebraico Pesach”, vem o nome Páscoa! Para os israelitas o sinal do sangue foi salvação. Igualmente o sangue de Jesus tornou-se o sinal da salvação para nós que cremos nele. Seu sangue mostra:  aqui já houve julgamento. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele. (Is. 53.5). Em Ex. 12.22 está escrito algo muito importante... “nenhum de vós saia da porta de sua casa até pela manha". Os israelitas estavam seguros somente atrás das portas aspergidas com o sangue. Assim também nos estamos seguros somente em JESUS; o ap. Paulo nos diz em RM 5.9 que sendo justificado pelo seu sangue seremos por ele salvos da ira. No mesmo contexto está escrito Ex. 12.11 da mesma maneira comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor. Também os crentes em Jesus, devem assumir posicionamento espiritual semelhante aos israelitas, prontos para partir, como está escrito em HB 13,14; na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. Mais adiante a carta aos hebreus nos diz no cap 11.10 a 16 que os crentes salvos, como peregrinos na terra, estamos a caminho de uma pátria superior. Somos um povo que a cada dia que passa esta saindo desta terra em direção a pátria celestial. Esta caminhada dura em média de 60 a 90 anos,  e exige de nós muita dedicação, requer a passagem das trevas para a Luz em Deus, exige a passagem da escravidão do comodismo, vícios e pecados a liberdade em Cristo a qual vamos encontrar não mais como um cordeiro. Mas como um Rei soberano e cheio de Glória e com Ele habitaremos eternamente na Nova Jerusalém.

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