segunda-feira, 22 de maio de 2017

Esboço de sermão pastor Euzebio: Assim como foi nos dias de Noé

“Assim como foi nos dias de Noé!”
Texto Bíblico: Mateus 24:37-39
Introdução: Alguém já disse, e com razão, que Noé foi o maior evangelista de todos os tempos, porque, embora, ninguém creu em sua pregação, levou para a arca da salvação toda a sua família. Todos foram salvos e sobreviveram ao dilúvio. O exemplo de Noé deve nos motivar a lutar por nossa família.
NOS TEMPOS DE NOÉ: o homem havia se tornado sobremodo mau, corrompido e violento. Será que Jesus equivocou-se a comparar os “últimos dias” com os dias de Noé?  NÃO, Jesus não se equivocou. Com os olhos num passado longíquo e ainda num futuro distante, Jesus pôde perceber gravíssimas semelhanças. Seria exagero afirmar que hoje, como naqueles tempos, o desígnio do coração do homem tende sempre para o mal? Diariamente nos deparamos com notícias as mais absurdas, envolvendo o aspecto da violência, que tem atingido níveis jamais imaginados. As notícias de corrupção e roubo tomam conta das páginas de nossos jornais e espaço dos telejornais; desvio de dinheiro público, falsificações, suborno, mentiras, tudo em nome de um enriquecimento fácil e rápido e à custa de muitas vidas. Então, creio que você concorda que vivemos igual aos dias de Noé! Sendo assim, é importante termos as atitudes de Noé, para sermos salvos.
TER FÉ: Sabemos que Noé foi um homem de fé. Ele deu crédito à Palavra do Senhor quando lhe disse que enviaria sobre a Terra um diluvio. Porém, isso significou para Noé dolorosas e profundas escolhas. Em primeiro lugar, o chamado implicava em colocar-se radicalmente contra todo e qualquer projeto pessoal que ele tivesse idealizado para sua vida. Noé era casado e tinha três filhos. Sem dúvidas, como todo ser humano, havia traçado planos para ele e para sua família. Porém, em determinado momento, ele recebe a voz de Deus avisando que a terra seria destruída e que ele havia sido escolhido para que o Criador estabelecesse uma nova aliança com o intuito de preservar a própria continuidade da existência humana (Gn 6:12-18). Não sabemos qual foi a reação de sua família num primeiro momento, mas, levando em consideração o que comumente ocorre nesses casos, a primeira reação é de descrédito. Como disse nosso amado Mestre Jesus: "Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa" (Mt 13:57). Graças a Deus, a família de Noé também creu. Logo depois, Noé depara-se com outro grande desafio, que é a construção de uma a arca, para os olhos de todos, não teria serventia alguma. Noé, assim como todos os outros homens de fé apontados na Bíblia, não era um super-herói. Era um homem como qualquer um de nós, sujeito às mesmas carências e fraquezas. Durante seu longo e penoso trabalho de construção da Arca, cremos que ele teve momentos de íntimos conflitos. Porém, sua fé no Altíssimo falou mais alto e ele foi até o fim, cumprindo fielmente o que Deus lhe havia comissionado.
FIRME E CONSTANTE NA OBRA DO SENHOR: Em Mateus 24:37-39, percebemos que a rotina social, os valores gerados pelo sistema e o amor ao estabelecido por este mundo fizeram com que a sociedade dos dias de Noé não percebesse a verdade pregada por ele. Não creram nem mesmo quando essa verdade alcançou as dimensões de uma embarcação que tinha o tamanho de dois terços de um campo de futebol e uma altura de mais de quinze metros! O amor a esse mundo e seus padrões e atrativos falaram mais alto àqueles corações, mais alto do que a própria altura da Arca. Se formos aos dias atuais, veremos o mesmo quadro. Veremos essa mesma atitude, não somente entre ateus ou pessoas que não creem na veracidade da Bíblia, mas até mesmo por parte de alguns que dizem crer no que nela está escrito. Para muitos, o ato de abrir mão desse sistema, do "comer", "beber", "casar" e "dar-se em casamento", será muito pesaroso e o amor a tais valores falará mais alto do que a fé na Palavra de Deus. O apego a este mundo e às suas rotinas e valores é uma força muito grande, pois está diretamente relacionado às vaidades do coração. Em termos gerais, o sentimento desta geração é o mesmo que havia na geração de Noé.
CONFIAR EM DEUS: O Senhor Jesus descreve o total descaso, zombaria e descrédito dado a Noé por aquela sociedade. Isso nos lembra muito a atitude que muitos estão tendo nos dias atuais. Nem sequer o pragmatismo ou instinto de sobrevivência os fazem acordar para o cumprimento das profecias e para se precaverem do caos que está por vir. Fica claro, através das preciosas revelações do Senhor, que no dia em que Noé entrou na Arca ninguém percebeu! Que imensa prova de fé! Mesmo em meio ao completo descaso daquela sociedade para o seu trabalho e a sua mensagem, ele deu o último passo e entrou na Arca juntamente com a sua família. Cremos que esse passo não foi dado sem que antes Noé, pensando com o seu próprio raciocínio humano, não tivesse passado por momentos de dúvidas. Será que isso vai acontecer mesmo? Será que tantos anos de duro trabalho construindo essa embarcação valem a pena? Talvez ele olhasse para o céu, esperando ver cair um mísero pingo d'água sobre sua cabeça... Provavelmente esperasse encontrar um amigo ou amigos que compartilhassem sua mesma fé... Mas nada... O céu continuava limpo como sempre tivera sido desde a criação. Ele continuava sozinho, contando com apenas sua pequena família, contra tudo e todos. Porém, Noé decidiu crer na Palavra do Senhor, fechou seus ouvidos para as insinuações de sua própria natureza humana ou para as ideias e padrões da sociedade que o cercava. Ele entrou na arca e quando aquela porta foi fechada, ele deu seu último e decisivo passo de fé. Ele confiou na Palavra do Senhor e foi salvo!
UMA LIÇÃO PARA NOSSOS DIAS: Também temos um chamado para os nossos dias. Se uma aliança foi feita com Noé (Gn 6:18), uma mais preciosa foi feita conosco, selada com o próprio sangue do Filho (Lc 22:20). Se pregos feriram a madeira na construção da Arca, na Nova Aliança, pregos feriram a própria carne do unigênito Filho De Deus. Ele é a nossa Arca. Uma Arca sem limites espaciais e que comporta em seu interior todos aqueles que creem.
Conclusão: Nosso chamado, nesta geração, é semelhante ao de Noé. Vivemos em meio a uma geração corrupta, violenta e que, na maior parte das vezes, apenas se inclina para o mal. Nosso chamado é para anunciar o Evangelho, que é amor, salvação e também justiça. O paralelo feito pelo Senhor Jesus entre as duas épocas é mais abrangente do que podemos pensar. As duas épocas são muito parecidas. Se Noé, sabendo o que viria sobre a terra, construiu um meio de proteção para o colapso que se aproximava, nós também devemos fazê-lo. Nossa proteção está em Cristo. Ele estará conosco até nos momentos mais difíceis que virão, os quais serão muito mais catastróficos em intensidade do que o próprio Dilúvio. Se o propósito do aviso de Deus foi salvaguardar a integridade física de Noé e família, perpetuando assim, de forma amorosa, a raça humana que Ele havia criado, nossa salvação em Cristo assume conotações eternas. Nele somos salvos da ira do Altíssimo e do salário do pecado, que é a morte eterna. Amém

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