quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Estudos: Sobre a Divindade de Jesus Cristo - Jesus é Deus part. 4/6

Nomes, Poder e Atributos Divinos Aplicados a Cristo
Se Jesus Cristo é Deus, então deveria haver amplas provas no Novo Testamente para respaldar essa afirmação. Não existem apenas amplas provas, mas elas são tantas que não é possível registrar todas elas aqui. Apanhei alguns versos selecionados, que demonstram que Jesus Cristo é Deus, ao contrário da opinião popular. O nome significa muito na Bíblia. A designação de um nome pode ser essencial na identificação da pessoa, ou de um evento ou tempo especial. Por exemplo, "Icabode" foi o nome dado a uma criança nascida no Velho Testamento, quando Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, quando o sumo sacerdote Eli morreu. Esse nome significa "Foi-se a glória". Significativo? Certamente. Desse mesmo modo, o nome de Cristo vai mostrar o Seu caráter e o Seu Ser. Em 1 João 5:20, Jesus é chamado o verdadeiro Deus e a vida eterna: "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." Isso poderia ser mais explícito? Jesus é o verdadeiro Deus. Paulo afirma isso em Romanos 9:5, onde ele chama Jesus Cristo de "Deus bendito eternamente": "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém." Jesus é o Deus bendito eternamente." Em Tito 2:13, Paulo chama Jesus de "grande Deus e nosso Salvador". Ele diz: "Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo." Em João 20:28, Tomé faz a confissão: "E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não é somente Senhor; Ele também é Deus! Em João 8:58-59, encontramos uma acirrada discussão entre os fariseus e Jesus. Esse debate faz aumentar o ódio contra Cristo por parte dos judeus. Diz o texto: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou." Por que eles lançaram mão de pedras para apedrejá-lo? Porque sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus estava afirmando ser Aquele que havia libertado os israelitas do Egito. Ele era o "Eu Sou", que havia falado a Moisés, conforme Êxodo 4, na sarça ardente. Isso fica mais forte, quando nos lembramos da discussão anterior com eles, em João 5:17-19, em que Jesus faz algumas declarações que os judeus não puderam suportar: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." Jesus faz o mesmo que o Pai faz. Isso porque Ele é Deus e pode realizar as mesmas obras do Pai. Ele está em pé de igualdade com o Pai e pode realizar as mesmas ações do Pai. Se Ele não fosse Deus não poderia dizer isso. Os judeus entenderam perfeitamente e por isso quiseram matá-lo. Em seguida, vem o incidente em que Jesus declarou ostensivamente que Ele era o "Eu Sou", ou o próprio Yahweh. Deus é glorioso. Somente Ele é gloriosíssimo e possui uma glória que somente Ele conhece. Isso é parte Dele. Ele não a divide com os outros. Em João 17:5, Jesus diz: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse." Jesus já possuía a glória divina, antes mesmo que o mundo existisse. Essa glória só pôde ser atribuída a Cristo porque Ele é "Deus bendito eternamente". Em João 1:1-3, Jesus é apresentado como possuindo o atributo da eternidade: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Ele é o verbo que estava com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno. Ele é também o Criador pode criar tudo do nada. Seu poder criador comprova a Sua Onipotência. Ele tem os mesmo atributos de Deus porque é Deus. Em Mateus 18:20, a onipresença é atribuída a Jesus: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." Isso não significa que a humanidade de Cristo esteja presente em toda parte, pois assim Ele não seria realmente humano. Sua humanidade seria predominante em Sua Divindade. Ou então Sua Divindade seria negada, caso fosse misturada à Sua humanidade. Nos dois casos, atribuir uma mistura de Suas duas naturezas seria cair numa heresia nada ortodoxa. Em vez disso, sua Divina Natureza como Deus está presente em toda parte. Ele pode estar no meio do Seu povo, quando dois ou mais se reúnem em Seu Nome. Como poderia Ele estar no meio de tantas igrejas em determinados dias, se Ele não fosse Deus?  Cristo não apenas é onipresente, como outra designação teológica lhe é atribuída - imanência. Em João 3:13, lemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu." Este verso é muito rico. Jesus não é simplesmente Aquele que veio do céu, mas, em Sua divindade, Ele permanece no céu. A frase "que está no céu" demonstra a imanência do Ser Divino. Não apenas o Filho Divino está andando na Terra, em Sua natureza humana, mas, ao mesmo tempo, Ele continua enchendo o céu como o Deus imanente de todas as eras.
Visto como Jesus Cristo é Deus, Ele deve, necessariamente, ser Todo-Poderoso. Tanto Apocalipse 1:8,18 como 11:17, mostram que a Jesus são atribuídos atributos de onipotência:
"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."
"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."
"Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste."
Jesus tem as chaves da morte e do inferno, o que significa ser Ele o Todo-Poderoso Senhor sobre a morte. O único que pode ter esse poder é Deus. Deus é o Senhor Todo-Poderoso que controla o inferno e a morte. Jesus pode se levantar sozinho de entre os mortos, estando no comando dos que estão mortos e no inferno, como o Senhor Todo-Poderoso. Em João 5:17, Jesus é apresentado como tendo os mesmo atributos do Pai: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Ele trabalha do mesmo modo que o Pai. Novamente, se Ele está realizando as obras do Pai e fazendo a Si mesmo igual para realizar as mesmas obras do Pai, Ele deve ser Deus para conseguir isso. Suas obras têm a mesma qualidade das obras do Pai. Os judeus odiavam essas palavras porque sabiam que Ele estava se fazendo igual a Deus. Por quê? Porque Jesus é Deus e eles simplesmente odiavam esse fato. Os evangelhos também registram que Jesus é onisciente. O Filho de Deus comunicou à natureza humana o conhecimento que a natureza divina possuía, em alguns casos. Não completamente, mas em variadas porções. Isto só poderia ter sido possível porque Jesus é Deus. E não é que os escritores achassem que Ele conhecia algumas coisas, mas todas as coisas, algo que somente Deus poderia conhecer. Vemos isso em João 1:48: "Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira." Pedro Lhe diz em João 21:17: "Tu sabes todas as coisas." Jesus conhecia detalhes específicos que somente Deus poderia conhecer. Por exemplo, em Apocalipse 2:3-4 Ele diz: "E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor." Como poderia Jesus conhecer todas essas obras sobre a igreja de Éfeso? Ele teria de ser onisciente, a fim de perscrutar o coração, a fim de conhecer a sua paciência, trabalho e perseverança - para não mencionar sua disposição referente ao amor por Ele. Jesus conhece todas as coisas porque é Deus. O autor de Hebreus também escreve que Jesus, o Filho, é imutável – Ele nunca muda. Hebreus 1:11-12 diz: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão." Em Hebreus 13:8 lemos: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo e Seus anos nunca chegarão ao fim. Ele permanece eternamente. Ele pode permanecer eternamente porque é Deus. Isso não significa que Ele não atingisse a idade nem crescesse em Sua natureza humana. Em vez disso, significa que Cristo, sendo o Divino Filho de Deus, em Sua Divindade jamais mudará. Jesus não somente é Deus, mas Paulo descreve sua imagem exclusiva como o Único a conter toda plenitude da Divindade corporalmente. Colossenses 2:9 diz: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." Quem quiser ver Deus, basta olhar para Cristo. Ele é a imagem do Deus vivo e essa imagem e perfeição são manifestadas somente Nele, porque Ele é Deus. Nenhum homem poderia jamais afirmar isso - e nenhum, a não ser Jesus Cristo, fez isso. Por que nenhum homem o fez? Porque simplesmente não poderia respaldar sua afirmação através do seu ser. Nenhum homem poderia ressuscitar a si mesmo da morte, nem manter as chaves da morte e do inferno, porque não é todo-poderoso, nem onisciente, nem onipresente. Mas Cristo afirmou isso, respaldou suas afirmações e tudo isso Lhe foi atribuído, constantemente, pelos autores do Novo Testamento. Sendo Deus, Jesus Cristo respalda cada afirmação e age como Deus - pois é o Criador. Colossenses 1:16-17 diz: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." Este texto é muito rico. Ele criou todas as coisas, sem importar o que sejam: até os principados e potestades (que podem se referir aos seres angélicos) foram criados por Ele e também para Ele, para darem toda a glória, louvor e honra que seu Nome merece. Mas Paulo não pára aqui. Ele diz que todas as coisas subsistem pelo Seu poder. A Terra, os céus, o universo poderiam cair, se Cristo não os sustentasse pelo poder de Sua vontade onipotente. Todas as coisas subsistem NELE, foram criadas por Ele e para Ele. Jesus também é Aquele que elege os homens para a salvação. Em João 13:18, Ele elege os apóstolos e condena o traidor Judas: "Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar." Judas não foi escolhido e por isso foi apontado como aquele que levantaria o calcanhar contra o Ungido. Em 1 Timóteo 6:15-16, Jesus é chamado de Senhor dos senhores: "A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém." Ele é o Potentado, significando que é o Todo-Poderoso... Somente Deus pode viver "na luz inacessível". Isso é atribuído a Cristo. Ele é o Deus eterno que habita na luz inacessível. Jesus tem o poder de revelar ou esconder a salvação dos homens. Isso comprova Sua Divindade porque em todo o Velho Testamento, Deus é o único com poder para salvar e condenar. Mateus 11:26-27 diz: "Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar." Quando Cristo quer revelar a salvação, Ele o faz e se quiser escondê-la de outros homens, Ele o fará. A razão pela qual Ele pode declarar ou esconder a salvação é porque Ele é Deus. Ele tem o direito de dar a vida, quando o deseja, conforme João 5:21: "Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer." Ele não faz isso com todos. Ele ressuscita apenas os eleitos. Como poderia um mero homem mortal ressuscitar outro homem? Eu mesmo fico imaginando como isso poderia ser feito, a não ser que Jesus fosse Deus. Visto como Cristo é onisciente, Ele pode responder as orações dos santos, o que somente Deus pode fazer. João 14:13 diz: "E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho." (Confira 2 Coríntios 12:8-9) Como poderia um homem finito conhecer todas as orações dos discípulos, quando eles oram em toda parte e em diversas horas? Impossível, a não ser que Jesus seja Deus.  Ele não somente revela a salvação aos homens e responde as orações, mas também perdoa pecados. Somente Deus pode perdoar pecados. As passagens de Mateus 9:6; Marcos 2:9-10 e Lucas 5:24 respaldam isso. Ele pode perdoar pecados e somente Deus pode fazer isso: "Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." Aqui os judeus ficaram admirados de quem seria esse homem que podia perdoar pecados. Por isso Ele lhes perguntou: "Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?" (Marcos 2:9) Para demonstrar Sua Divindade, Ele realizou as duas coisas, ambas impossíveis aos homens e somente possíveis a Deus. Em todo o Velho Testamento, Deus ordena que os homens olhem para Ele, a fim de serem salvos e que depositem sua confiança Nele. Ele estendeu Sua mão a um povo rebelde, todo o tempo. Houve os que mantiveram sua fé e creram em Deus. Contudo, no Novo Testamento Jesus é o objeto da fé. Em João 14:1, Ele diz: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim." Ele se coloca igual a Deus. A mesma crença que o povo tinha em Deus deveria agora ser dada a Ele. Crer em Deus é crer em Cristo, pois ambos são o mesmo Deus. Seu poder é tão imenso e espantoso que Jesus pode chamar os homens para fora do túmulo, conforme lemos em João 5:28-29: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." Jesus tem tal poder sobre a morte que, o som de Sua voz, pode convocar os cadáveres em decomposição a atenderem Sua voz. E o Seu poder, no último dia, é registrado como sendo tão grande que esse dia não será igual a nenhum outro, conforme Mateus 24:20-21: "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Ele vai voltar em poder e glória. O sol, a lua e as estrelas cairão do firmamento e Sua glória brilhará em todo o seu esplendor. Sua glória será tão radiante que o brilho do sol vai parecer insignificante.

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