sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Testemunho: O poder da Oração

Lembro-me de ter me ungido com óleo antes de ter saído de casa e pedido a Deus que me guardasse e me protegesse de todo mal. Não estava muito a fim de sair naquela noite, mas, mesmo assim, acabei cedendo à vontade de minha carne e desobedeci a voz do Espírito Santo que falava fortemente ao meu coração. Em fevereiro de 1998, sofri um acidente de carro, no qual fraturei a coluna. O motorista do carro dormiu na direção e colidiu contra uma árvore. Eu me encontrava no banco traseiro, atrás do motorista e sem cinto de segurança. O impacto foi tão forte, que fui arremessada para cima e bati com a minha cabeça violentamente contra o teto do carro. Fiquei por alguns segundos desacordada e me lembro que escutei uma voz dizendo: “acorda Nadya, você tem que acordar”. Foi aí, então, que percebi que havia me acidentado. Naquele mesmo momento, senti que algo muito grave estava acontecendo. Havia uma dor insuportável na minha coluna e lembro-me de observar se minhas pernas se mexiam. Mas, eu não conseguia tocá-las, pois, usava meus braços de apoio para sustentar-me sentada, como se fossem duas colunas. Foi neste instante, que pedi a Deus que nada de grave acontecesse comigo. Para mim, o grave seria a paralisia das pernas. Mas, em nenhum momento sequer duvidei do poder sobrenatural de Deus. Eu sempre soube que Deus era tremendo e operava milagres e maravilhas. Logo, comecei a clamar pelo seu socorro. Então, Deus acalmou-me naquela hora, senti paz, passou o medo e pude raciocinar direito, sabia que era delicada aquela situação. Pedi para as pessoas que estavam me socorrendo, que não me tocassem e chamassem socorro. Levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), e depois de todos os exames foi constatada a fratura da coluna. Houve a explosão da vértebra “L1”, com fragmentos de ossos espetados na medula e a fratura da vértebra “L3”, ambas da coluna lombar. Os médicos haviam me desenganado pela gravidade do acontecido, me considerando paralítica e disseram que eu não voltaria mais a andar. Percebendo a situação, respondi com intrepidez: “Eu não estou paralítica, eu mexo os meus pés, olhem”. Recebi então, o meu primeiro milagre. Aqueles momentos que passei na neurologia do HPS foram de grande luta e de muita opressão, mas, Deus estava comigo me fortalecendo e me guardando, pois, o risco era grande e eu ainda poderia ficar paralítica. Então, quando fui transferida para o Hospital São José, na Santa Casa, tive que ser removida dentro de uma maca de aço, onde fui totalmente mobilizada e somente o meu rosto ficava descoberto. Após uma tomografia, o responsável técnico olhando para mim, me disse que eu havia nascido de novo, pois, era impossível alguém estar sentindo as pernas, com a medula naquele estado. Os riscos de ficar paralítica eram iminentes. Após uma semana, fui submetida à primeira cirurgia, da qual corria risco de ficar com sequelas neurológicas e paralisia da cintura para baixo. As chances de êxito eram mínimas, mas agarrei-me ao Senhor Jesus e, através da fé, eu sabia que a vitória era certa. Foram oito horas de cirurgia. Primeiramente, foi feita a descompressão da medula e retirada dos fragmentos ósseos, pela equipe de  neurocirurgia. Em seguida, o traumatologista realizou  um enxerto ósseo retirado do osso do quadril e  implantadas próteses metálicas de titânio (duas hastes, dois pinos, seis ganchos e seis parafusos) para a fixação da nova vértebra L1, feita pelo médico. Saí da cirurgia sem as sequelas previstas e tudo parecia ir muito bem. Após uma semana, apresentei uma febre e fraqueza, ninguém suspeitava de que fosse um indício de infecção generalizada. Tive que ser operada novamente, com perspectivas ainda piores. Os médicos disseram a meus pais que eu iria a óbito dentro de, aproximadamente, oito horas, pois havia uma bactéria no meu sangue que era resistente a antibióticos. Mesmo sem saber da gravidade do problema, eu percebia a correria e o choro à minha volta. Tripliquei minhas orações e clamei pelo sobrenatural de Deus. Eu tinha certeza de que ficaria boa e de que, se partisse, iria para a glória com Jesus, mas o Espírito Santo me revelou que Deus tinha um plano para minha vida. O estado em que me encontrava então era ainda mais grave, pois, eu estava com infecção generalizada no sangue devido a uma bacterimia. Já, no bloco cirúrgico, constataram uma osteomielite, ou seja, uma infecção gravíssima nos ossos, que pela medicina não tem cura. Também foram constatados que os tecidos envolta das vértebras e quadril estavam necrosados e cheiravam mal. Após a segunda cirurgia, fui para UTI isolada com quatro drenos na coluna  e no quadril. Permaneci lá por três dias. Depois, fui transferida para o quarto para terminar o tratamento. Fiquei 15 dias na cama, por 24 horas fazendo lavagem com antibióticos (rifocina) nos ossos. Entravam por dia, no meu quarto, 8 tubos grandes de oxigênio, para auxiliar na drenagem. Desde o primeiro dia que cheguei ao hospital e os últimos 15 dias somaram-se 40 dias, ou seja, minha musculatura já não tinha nenhum vigor. Novamente ocorreu o sobrenatural de Deus. Me comunicaram que eu teria que reapreender a sentar primeiro, e que após caminhar um passo por vez, começaria a fisioterapia. Naquela noite apeguei-me à palavra de Filipenses 4:13 - “Tudo posso naquele que me fortalece” -, e clamei ao Senhor durante toda a madrugada, para que eu voltasse a caminhar perfeitamente. Pedi a Ele que não fossem os meus pés que tocassem o chão do hospital, e sim os de Jesus. E que também fossem as pernas do Senhor que andassem pelo hospital, para eu falar do seu amor às pessoas que ali estavam. Para honra e glória do Senhor, não precisei fazer fisioterapia. Ao me levantar da cama, o sobrenatural de Deus revigorou meus músculos das pernas e eu sai andando pelos corredores. Todos ficaram perplexos, principalmente o fisioterapeuta, pois, segundo ele,   eu levaria de três a quatro meses para caminhar perfeitamente. Depois da alta hospitalar, continuei em tratamento. Precisei usar um colete ortopédico por seis meses. Foi nesse período que conheci o Everaldo que, mais tarde, seria o meu marido. Ele se mostrou um grande companheiro, dando-me apoio e compreensão. Em março de 1999, tive que me submeter à terceira cirurgia, pois, a infecção causada pela osteomielite precisava ser contida. Foi nessa época que uma amiga me falou do ministério cristão do Pr. Isaías Figueiró, para que eu pudesse estar debaixo de uma cobertura pastoral, antes de voltar ao hospital para a internação. No procedimento pré-cirúrgico, o médico me orientou que tentaria retirar os metais, pois havia a suspeita de que o foco infeccioso estaria alojado nos mesmos. Lembro-me que o Everaldo, meu esposo,  com pouco tempo de fé me fortalecia, dizendo-me que Deus iria completar a obra em minha vida, me tornando perfeita e sem os metais, os quais os médicos diziam que ficariam para sempre em minha coluna. Nessa cirurgia realizada em março de 1999, além de serem realizados todos os procedimentos feitos para conter a infecção, o médico não conseguiu remover por completo os metais da minha coluna. Havia calcificação óssea em volta de alguns parafusos que prendiam as hastes. Se ele forçasse, poderia me causar uma nova fratura, por isso só foi possível retirar ganchos e pinos, deixando uma das hastes superiores solta, que chegou a se entortar para fora, sendo possível senti-la através da minha pele. De março a novembro de 1999, levantei um clamor a Deus pela cura da osteomielite e a retirada dos metais que pressionavam minha pele, causando-me muita dor, ao ponto de o metal rompê-la. Foram oito meses clamando e recebendo oração da igreja. Fui submetida à quarta e última cirurgia  em novembro de 1999. Nesta, os metais foram retirados da minha coluna com êxito de modo sobrenatural e comecei a melhorar dia após dia. Para surpresa dos médicos, após cinco anos eu recebi alta médica. Fiquei curada da osteomielite. Tempos depois, já recuperada tudo se normalizou, e segui servindo a Deus com alegria, tanto na minha família e no meu trabalho, quanto nas minhas atividades na igreja. Quero agradecer a Deus, que me deu uma nova vida plena de felicidade. E também quero agradecer ao meu marido, aos pastores e amigos que intercederam por mim e me apoiaram.
Deus seja louvado,
Nadya Medina Jacques da Silva.
Tecnóloga em Estética e Cosmética

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