Texto Bíblico: Filipenses 3:12-14
Introdução: Paulo de Tarso era um grande apóstolo, um guerreiro, um idealista perseverante e muita vez frustrou-se em sua caminhada; foi agredido, preso, passou fome, sofreu naufrágio, mas é exemplo de um soldado ferido. Se por algum motivo estamos vivos, feridos ou não, somos um sobrevivente. Soldado é um combatente que tem que vencer e somos como ele, pois dia após dia, temos que travar nossas batalhas, seja em que área for, pois “viver é perigoso”. O perigo está presente no ar, no mundo físico, no espiritual e o próprio homem é um perigo para o seu semelhante. A cada momento poderemos nos tornar uma baixa, pois somos cercados por perigos mil o tempo todo, sem termos como evitá-los, impedí-los de existirem ou de crescerem; e muitas vezes não sabemos de onde vêm e qual é a sua proporção. É uma guerra pela vida, pela sobrevivência. Existem problemas mil, mas o sangue de Jesus tem poder e Seu nome tem autoridade sobre qualquer um deles. Aleluia! Jesus é a nossa soberana vocação. Paulo escreveu: “ Prossigo para o alvo por causa do prêmio da vocação, a saber, Jesus Cristo”. Se tivermos Jesus Cristo em nossa vida, não teremos motivo para desistir jamais, seja qual for a circunstância. Sabe irmãos o nosso maior problema é que, às vezes, quando somos feridos, reagimos como se tivéssemos sido mortos. Queremos desistir da guerra, mas não a perdemos, pois ainda estamos vivos. Se ainda há vida, oportunidades existem, portanto tudo ainda pode acontecer. O apóstolo Paulo, neste texto aos filipenses, diz que não se julga perfeito, nem se considera um vencedor, acha que não conquistou tudo, mas afirma que uma coisa faz – se esquece do que para trás ficou, prossegue para o alvo porque quer conquistar aquilo pelo que foi conquistado. É uma declaração muito profunda e refere-se desde a queda do homem no Édem, quando perdeu a sua guerra e o inimigo venceu tornando-o seu escravo para sempre; mas um dia Deus resolveu ter o homem de volta comprando-o. Paulo diz: “quando fui comprado de volta, recebi este prêmio – fui vocacionado; Deus premiou-me com Jesus Cristo e isto é uma soberana eleição, pois fui conquistado. Uma vez conquistado, não desistirei desta guerra, mas vou conquistar tudo o que Deus conquistou para mim”. Não podemos ser eternos saudosistas, vivendo do passado, pois acabaremos esquecendo-nos que ainda estamos em guerra. Viver é um desafio tão grande que muita gente desistiu de viver, de sonhar, de ser uma benção, de curar, de ajudar, de prosseguir, pois já entregou as armas, “já cruzou os braços” e deve ter alguém guerreando por ele. Se uma ferida muito antiga ainda dói, sem dúvida alguma ela está sendo atualizada como se tivesse sido aberta hoje pela manhã ou ontem ao entardecer. Satanás é um especialista em ferir almas e alguma vez consegue seu intento; faz de tudo para impedir que a pessoa esqueça essa dor, trazendo-lhe sempre à memória o momento em que foi ferida, tendo a angústia, a tristeza e a dor revividas. Um soldado ferido precisa ser curado, restaurado para poder voltar para a guerra, pois ele não foi morto. Se ainda estamos aqui, mesmo depois de muito ferido, é porque Deus nos deu uma nova oportunidade. Na segunda carta aos coríntios, Paulo escreve: “Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos na província da Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, ao ponto de perdermos a esperança na própria vida” (2 Co 1:8). Referia-se ao naufrágio ocorrido no mar Adriático quando ele e os seus companheiros alcançaram, a nado, a ilha de Malta e ali foi picado por uma víbora (Atos 27:27-44; 28:1-6). Ele não se recolheu numa cabana ou numa caverna e ficou a lamentar todos estes infortúnios aguardando a morte, mas diante desta nova oportunidade de vida, propôs-se a esquecer o que para trás havia ficado. Muitas vezes foi duramente rejeitado pelos religiosos, em outras, foi caluniado, injustiçado, mas no dia seguinte, tudo isso era para ele passado. Declarou aos gálatas que aprendeu do Senhor o que havia lhes ensinado e tinha sido muito grande seu aprendizado com a Palavra e com a revelação direta de Jesus Cristo (Gálatas 1:11-12).
Conclusão: Se nós, como Igreja do Senhor, conhecemos o plano de Deus para a Igreja, então sabemos que o inferno nunca vencerá a Igreja, Aleluia! E que Deus nunca desistirá de nós, pois nos ama de um modo que não podemos compreender; portanto, só perderemos a guerra, se desistirmos dela. Deus está no controle de todas as coisas; tem tudo planejado para cada um de nós, mas disse: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33); Ele jamais afirmou que não seríamos feridos. Ele próprio o foi, os que vieram após Ele, também o foram e não será diferente conosco. Ser ferido não significa estar abandonado por Deus, mas vivendo um ato da sua misericórdia. Amém

Nenhum comentário:
Postar um comentário