quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Esboço de sermão pastor Euzebio: Sermão da Montanha, o maior sermão de todos os tempos.

Sermão da Montanha, o maior sermão de todos os tempos!
Texto Bíblico: Mateus 5:3-16
Introdução: Imediatamente após iniciar sua caminhada entre o povo, Jesus passa a ser seguido por multidões, que precisavam de cura e estavam sedentas por ouvir mais de Suas palavras. É nesse contexto que ele prega o Sermão Escatológico, ou o Sermão da Montanha, a maior pregação de todos os tempos. A riqueza do sermão escatológico de Jesus é infinita, mas iremos explorar a ideia inicial apresentada, as bem-aventuranças. A Bíblia relata que todos os que ouviam a sua mensagem, ficavam surpresos com o ensinamento de Jesus, cheio de doutrina e autoridade, diferente dos fariseus e mestres da Lei da época, que pregavam a salvação por meio de seus rituais hipócritas, tentando encontrar a auto justificação. Sobre eles, Jesus diz: “Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho!” (Mt 23:13). No sermão do monte, Jesus deixa claro que o valor de alguém não consiste propriamente em suas atitudes perante outras pessoas, mas sim nas intenções de seu coração. Não basta que, aparentemente, os filhos de Deus sejam caridosos e amáveis. É necessário que os seus corações sejam puros e que suas atitudes reflitam verdades.
As bem-aventuranças são as primeiras palavras do Sermão Escatológico de Jesus. Elas não são uma doutrina e não possuem o objetivo de estipular regras de comportamento ou de nos permitir alcançar recompensas por boas obras. As bem-aventuranças de Jesus, na verdade, confirmam que todos estamos sujeitos a encontrar situações difíceis em nosso caminho, porém, com propósitos determinados que glorificam a Deus e que aperfeiçoam nosso espírito. A bíblia confirma, por meio de Jesus, que temos um Deus que se compadece de nossas fraquezas e nos dá instruções para lidarmos com as dores do mundo, tendo a certeza de que nada é em vão. Aqueles que estão sofrendo, não estão sendo “castigados “, como muitos tendem a pensar, pois a dor pode alcançar todos nós. Jesus nos chama de “bem-aventurados” ao passarmos por cada uma de nossas dificuldades pois ele já sabia que passaríamos por elas. As bem-aventuranças também revelam que a felicidade como indivíduo está intimamente ligada à felicidade de outro. Presos em nossa natureza pecaminosa e terrena, nos incomodamos ao considerar que temos de ter um espírito humilde, manso e pacífico, que precisamos ser amáveis e pacientes, priorizando o bem dos outros, mesmo que eles nos façam mal. Isso nos incomoda profundamente porque conhecemos a nossa incapacidade de dar esses frutos sozinhos. Isso só é possível quando o Espírito Santo age em nossas vidas, pois ele nos ensina a ser mais como Jesus.
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus...” Essa é a primeira bem-aventurança citada por Jesus em seu sermão, arrisco dizer que as bem-aventuranças seguintes dependem, até certo ponto, dessa.
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados...” Por vezes, acreditamos que o objetivo de nossa vida é que tenhamos motivos para sorrir e oportunidades para aproveitar. Queremos viver alegremente, temos dificuldade de aceitar o sofrimento como parte de nossas vidas e principalmente de considerar a sua importância. Devemos, realmente, viver em gratidão e aproveitar as oportunidades que o Senhor nos proporciona, isso não é um problema, mas não podemos esquecer que também encontraremos motivos para chorar.
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra...” Quando Jesus fala que bem-aventurados são os mansos, Ele não se refere a um indivíduo gentil, tranquilo e apático, mas também não se refere a um herói que enfrenta os problemas utilizando seu poder e força. Ser manso, na perspectiva cristã, é ter a capacidade de descansar em Deus diante das injustiças do mundo, sabendo que Ele é por nós.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos...”  Jesus espera que encaremos a justiça, como se não conseguíssemos viver sem ela, devemos buscar o que é bom e justo como buscamos nosso sustento em um deserto. Outro fator sobre essa bem-aventurança, é que a justiça de Deus, assim como os alimentos, fortalece o nosso corpo e nos proporciona crescimento e saúde. 
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia...” A capacidade de ser misericordioso, não diz tanto sobre nossa própria vida, mas depende completamente de como nos sentimos em relação ao outro. A misericórdia que recebemos de Deus, nosso Senhor, nos deu a chance de sermos Seus amigos e chamados de filhos.
“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus...” A Bíblia diz que, sobre tudo o que se deve guardar, devemos guardar nosso coração.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus...” A paz de Deus é completa. É uma paz que não significa uma vida sem conflitos, mas Ele nos permite ter a plenitude de descansar em qualquer circunstância, por mais caótica que seja.
“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, falarem todo mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós...” Essa é a última bem-aventurança de Jesus, e para nós, ela é mais uma preparação. Desde que Jesus disse isso, muitos se sacrificaram para levar o amor de Deus, desafiando os padrões do mundo e vivendo em obediência ao Senhor.
Conclusão: Jesus quis, com as bem-aventuranças, garantir que nosso coração entenda que independentemente das situações que enfrentaremos nesse mundo para cumprir nossos propósitos, nada irá afastar-nos de seu amor e do que preparou para nós. No sermão escatológico de Jesus não há nenhuma margem para barganha. Não há nada que possamos fazer para exigir mais de Deus e não há nada que possamos viver que nos afastará de seu amor, se confiarmos em suas promessas. Ser bem-aventurado significa dor e perseguição, mas significa também que somos filhos de Deus. Recebedores de misericórdia, perdoados, em tudo consolados, infinitamente amados e cheios de uma paz e de uma esperança que não podem ser explicadas. Amém

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