Cristo veio revelar e cumprir as verdades que o santuário israelita expressava em ilustrações e símbolos. A morte de Cristo na cruz do calvário cumpriu as realidades prefiguradas no sistema sacrifical do antigo santuário. Já não há mais necessidade de sacrifícios de animais, visto que o sacrifício perfeito e definitivo de Cristo na cruz cumpriu, de uma vez por todas, as exigências de reconciliação do pecador arrependido com Deus. Assim, podemos ter certeza de que Deus nos aceita com base nos méritos de Seu Filho, Jesus Cristo.
Tendo se oferecido como sacrifício perfeito, Cristo “se assentou nos céus à direita do trono da Majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:1-2). Como a Escritura reitera: “Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus” Hebreus 9:24. No santuário celestial, o salvador iniciou uma obra de intercessão em favor dos pecadores. Por isso Cristo “pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por ele” Hebreus 7:25.
Assim como o sacerdote adentrava diariamente o santuário israelita com o sangue do sacrifício, Cristo, após sua morte sacrifical, entrou no santuário celestial para aplicar os méritos de seu sangue aos que se arrependem e crêem. (Romanos 8:34; 1 Timóteo 2:5). Portanto por meio de Cristo os seres humanos são trazidos à presença de Deus e têm contínuo acesso a Ele (Efésios 2:18; 1 Pedro 3:18). Devemos notar que o sacrifício de Cristo na cruz foi completamente suficiente e perfeito para redimir os pecadores arrependidos. O ministério intercessório de Cristo no santuário celestial, portanto, não visa complementar ou suprir alguma deficiência de seu sacrifício na cruz, mas aplicar aos pecadores penitentes os benefícios de seu sacrifício perfeito realizado no calvário. Como prefigurado pelo Dia da Expiação no sistema israelita, onde havia um ministério anual para a purificação do santuário, o ministério de Cristo no santuário celestial também inclui a importantíssima obra de purificação do santuário celestial, denominada de Juízo Investigativo. Ao profeta Daniel, Deus revelou o tempo em que esta obra de purificação ocorreria: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado” Daniel 8:14. Tomando como base a função ilustrativa do santuário terrestre, podemos afirmar que os pecados dos crentes são perdoados no momento do arrependimento e aceitação de Cristo como Salvador pessoal (Marcos 16:16). Como ilustrado nos sacrifícios e ritos diários efetuados no santuário israelita, o pecador que aceita a salvação em Cristo está livre e perdoado para viver uma nova via; quando, porém, recai no pecado, o pecador arrependido é novamente purificado e perdoado com base nos méritos do Sangue de Cristo. Não obstante, os pecados perdoados são de alguma forma, registrados no santuário celestial. A Bíblia fala em livros celestiais para expressar esta idéia (Daniel 7:10; Apocalipse 20:12). Ao perdoar o pecador com base nos méritos de Cristo, Deus assume a responsabilidade pelo pecado. A função do juízo investigativo corresponde ao rito anual do Dia da Expiação no santuário israelita. Este juízo consiste em examinar os registros celestiais a fim de verificar se os crentes realmente confiaram em Cristo lhes perdoar os pecados e removê-los do santuário celestial. Finalmente os pecados serão “transferidos! Para Satanás, seu grande autor e originador. Esse evento estava claramente simbolizado no rito de eliminação do pecado, no Dia da Expiação, quando o sumo-sacerdote confessava os pecados do povo sobre a cabeça do bode Azazel. Por meio do juízo investigativo, Deus vindica Seu caráter e justifica diante do universo a salvação de pecadores arrependidos. Concluído o juízo investigativo, precipitam-se os últimos acontecimentos que culminarão na resolução do Grande Conflito entre o bem e o mal (Apocalipse 15:5-8). As sete últimas pragas serão derramadas sobre a terra e Cristo voltará para levar seus filhos a um lar de paz e eterna felicidade. Após o milênio, Satanás será destruído, e os salvos viverão com Cristo pela eternidade no “tabernáculo de Deus entre os homens”, a NOVA JERUSALÉM (Apocalipse 21-22).
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