quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A vida de Jesus: A morte de Cristo

Ao entregar Sua preciosa vida, Cristo não teve a alegria do triunfo para animá-Lo. Seu coração encontrava-se oprimido pela angústia e ferido pela tristeza. Mas não era o medo da morte a causa do Seu sofrimento, e sim o peso esmagador do pecado do mundo que O separava do amor de Seu Pai. Isso foi o que quebrantou o coração do Salvador, a tal ponto que determinou Sua morte. Cristo sentiu a angústia que os pecadores hão de sentir quando tiverem consciência de sua culpa e reconhecerem estar para sempre excluídos da paz e da alegria do Céu. Os anjos contemplam com assombro a intensa agonia do Filho de Deus. Sua angústia  mental é tão intensa que quase não sente os sofrimentos da cruz. A própria natureza simpatizou com aquela cena. O Sol que até o meio dia havia brilhado no firmamento, negou seu brilho de repente; em volta da cruz, tudo ficou mergulhado em trevas, como se fosse a hora mais escura da noite. Essa escuridão sobrenatural durou três horas completas. Um terror indizível se apossou  da multidão. As zombarias e imprecações cessaram completamente e homens, mulheres e crianças caíram por terra cheios de pavor. Relâmpagos ocasionais iluminavam a cruz e o Salvador crucificado. Todos julgavam que sua hora de retribuição havia chegado. À hora nona, as trevas se dissiparam de sobre o povo, mas ainda envolviam o Salvador como um manto. Raios flamejantes pareciam arremessar-se sobre Ele, ali pendurado na cruz. Foi então que exclamou em um grito desesperado:
“Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” Mateus 27:46
Nesse ínterim, as trevas haviam baixado sobre Jerusalém e as planícies da Judéia. Todos os olhos se voltaram para a cidade condenada e viram os raios ameaçadores da ira de Deus sendo arrojados contra ela. De repente, a escuridão sobre a cruz se dissipou e com voz clara e poderosa que parecia ressoar por toda a criação, Jesus exclamou:
“Está consumado!” João 19:30. “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito!” Lucas 23:46.
Uma luz inundou a cruz e o rosto do Salvador tornou-se tão brilhante como o Sol. Depois curvando a cabeça sobre o peito, expirou. A multidão ao redor da cruz ficou paralisada e com a respiração suspensa contemplava o Salvador. Outra vez, as trevas baixaram sobre a Terra e se ouviu um estrondo como um poderoso trovão acompanhado de um terremoto. As pessoas foram lançadas umas sobre as outras pelo terremoto. Seguiu-se a mais terrível confusão. Nas montanhas vizinhas, as rochas fenderam-se precipitando-se penhasco abaixo. Os túmulos se abriram lançando de si seus mortos. Parecia que toda a Criação estava se partindo aos pedações. Sacerdotes, príncipes, soldados e o povo, mudos de terror, jaziam prostrados ao solo.

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