domingo, 10 de janeiro de 2016

Os Livros da Bíblia: Carta aos Gálatas

Não existe maior felicidade do que saber que o passado foi esquecido e que novas opções nos aguardam. As pessoas anseiam pela liberdade. O livro de Gálatas representa nosso alvará para liberdade cristã. Nesta tão profunda carta, Paulo proclama a realidade de nossa liberdade em Cristo – livres da lei e do poder do pecado, e para servir ao nosso Senhor, que é vivo e presente. A maioria dos primeiros convertidos e líderes da igreja primitiva era formada por judeus cristãos que proclamavam Jesus como Seu Messias. Como judeus cristãos, lutavam contra uma dupla identidade. Sua tradição judaica os obrigava a ser rígidos seguidores da lei, mas sua recém encontrada fé em Cristo os convidava a celebrar uma santa liberdade. Estavam curiosos por saber como os gentios (aqueles que não eram judeus) podiam fazer parte do reino do Céu. Essa controvérsia dividia a Igreja Primitiva, os judaizantes – uma facção de judeus extremistas dentro da igreja – ensinavam que os cristãos gentios eram obrigados a obedecer dentro da igreja – ensinavam que os cristãos gentios eram obrigados a obedecer às leis e tradições judaicas, além de sua fé em Cristo. Paulo, como missionário para os gentios , teve muitas vezes que enfrentar essa questão. Portanto o livro dos Gálatas foi escrito para refutar esses judaizantes e levar os crentes a viverem o evangelho puro e original. As Boas Novas são, igualmente, para todos os povos – gentios e judeus. A Salvação é pela Graça de Deus, pela Fé em Jesus Cristo, e nada mais. A Fé em Cristo significa ter a verdadeira liberdade . Depois de uma breve introdução (1:1-5), Paulo dirige-se àqueles que aceitavam o evangelho deturpado dos judaizantes (1:6-9). Ele faz um resumo da controvérsia e inclui um confronto pessoal que teve com Pedro e outros líderes (1:10 – 2:16). Em seguida, aludindo à sua conversão, o apóstolo demonstra que a salvação só pode ser alcançada pela fé (2:17-21), apela para a própria experiência dos leitores do evangelho (3:1-5) e mostra que o Antigo Testamento ensina sobre a graça (3:6-20). Em seguida, explica o propósito das leis de Deus e o relacionamento entre a lei, as promessas de Deus e Cristo (3:21 – 4:31). Tendo colocado seus fundamentos, Paulo estabelece os argumentos da liberdade cristã. Somos salvos pela fé, e não por guardarmos a lei mosaica (5:1-12); nossa liberdade significa que somos livres para amar-nos e servir-nos mutuamente, e agirmos corretamente (5:13-26); os cristãos devem ajudar-se mutuamente a desempenhar as suas responsabilidades (6:1-10) e ser bons uns aos outros (6:1-10). Em 6:11-18, Paulo expõe seus pensamentos finais.  Ao ler a epístola aos Gálatas, procure entender esse conflito do primeiro século entre a graça e a lei, ou entre a fé e as obras, mas esteja também consciente dos exemplos e dos paralelos modernos. Como Paulo, defenda a verdade do evangelho e refute todos aqueles que pretendem aumentar, modificar ou “torcer” essa verdade. Você é livre em Cristo – venha para a luz e comemore!
Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - CPAD

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