Esmagado, subjugado, devastado, destruído... estes tipos de sentimentos recaem sobre aqueles que sofrem, obliterando a esperança e ameaçando destruí-los. O sofrimento tem muitas formas – abuso físico, fraqueza em virtude de uma enfermidade, ostracismo social e perseguição. A dor e a angústia tentam uma pessoa a desistir, a se render e a ceder. Muitos seguidores de Cristo do primeiro século estavam sofrendo, enfrentando abusos e sendo perseguidos por crerem e obedecerem a Jesus. Iniciada em Jerusalém pelas mão de seus irmãos judeus, a perseguição se espalhou pelo resto do mundo, onde quer que os cristãos se reunissem. Esta situação chegou ao seu clímax quando Roma determinou livrar o Império daqueles que eram “de Cristo” – os que não se curvavam a César. Pedro conhecia bem a perseguição. Espancado e preso, ele havia sido frequentemente ameaçado. Viu seus companheiros cristãos morrerem e a igreja ser dispersa. Mas conhecia a Cristo, e nada poderia abalar sua confiança em seu Senhor ressurreto. Então Pedro escreveu à Igreja dispersa, e que sofria pela Fé, oferecendo-lhe conforto e esperança, e exortando-a à lealdade contínua a Cristo. Pedro começa agradecendo a Deus pela Salvação (1:2-6). Ele explica aos seus leitores que as provações refinariam sua fé (1:7-9). Deveriam crer apenas das circunstâncias; no passado, muitos creram no plano da salvação preparado por Deus, até mesmo os antigos profetas que escreveram sobre esta, porém sem compreendê-la. Mas agora a salvação havia sido revelada em Cristo (1:10-13). Em resposta a uma tão grande salvação, Pedro os exorta a viver vidas santas (1:14-16), a reverentemente temer e confiar em Deus (1:17-21), a serem honesto e afetuosos (2:1-3) e a se tornarem semelhantes a Cristo (2:1-3). Jesus Cristo, como “ a pedra principal da esquina” ou “ a pedra angular” sobre a qual a igreja deve ser edificada (2:4,6), é também a pedra que foi rejeitada levando aqueles que são desobedientes a tropeçar e cair (2:7,8). Mas a igreja, edificada sobre esta pedra, deve ser o santo sacerdócio de Deus (2:9,10). Em seguida, Pedro explica como os crentes deveriam viver durante os tempos difíceis (2:11-4:11). Os cristãos deveriam ser irrepreensíveis (2:12-17), imitando a Cristo em todos os aspectos sociais - senhores e escravos, maridos e esposas, membros da igreja e vizinhos (2:18-3:17). Cristo deve ser o nosso modelo de obediência a Deus em meio ao grande sofrimento (3:18 – 4:11). Pedro então esboça a atitude correta a ser tomada diante da perseguição: não estranhá-la (4:12), ser grato pelo privilégio de sofrer por Cristo (4:13-18), e confiar que Deus trata a libertação (4:19). Então, Pedro dá algumas instruções especiais: os cristãos deveriam cuidar do rebanho de Deus (5:1-4), os homens mais jovens deveriam ser submissos aos mais velhos (5:5,6), e todos deveriam confiar em Deus e resistir a Satanás (5:7-11). Pedro conclui apresentando Silas e enviando saudações pessoais, possivelmente da Igreja de Roma, e de Marcos (5:12-14). Quando você sofrer por fazer o que é correto, lembre-se que seguir a Cristo é um compromisso custoso. Quando perseguido por sua fé, regozije-se de ter sido considerado digno de sofrer por Cristo. Ele sofreu por nós; como seus seguidores, não devemos esperar por algo melhor. Ao ler 1 Pedro, lembre-se que as provações virão para refinar a sua fé. E quando elas vierem, permaneça fiel a Deus.
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