sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Livro do Apocalipse: Aprendendo sobre o Livro de Daniel cap. 8

Daniel 8 - O carneiro e o Bode.
O capítulo 8 de Daniel acontece no terceiro ano de Balsazar o último rei da Babilônia, o mesmo rei do capítulo 7, na visão Daniel pareceu estar em Susã que é da província de Elão, e ele estava perto do rio Ulai. Daniel levantou os olhos e viu que diante do rio estava um carneiro que tinha dois chifres, um chifre era mais alto do que o outro, e o mais alto subiu por último. O carneiro estava bravo, dava marradas para o ocidente, para o norte e para o sul, e ninguém podia livrar-se dele. Daniel continuou olhando e viu que do ocidente vinha um bode sem tocar no chão, este bode tinha um chifre notável entre os olhos, dirigindo-se ao carneiro com toda fúria e poder, feriu-lhe e quebrou os dois chifres do carneiro, o bode o pisou e lançou por terra pois o carneiro não tinha força para o deter. O bode engrandeceu-se sobremaneira, mas na sua força quebrou o grande chifre e no seu lugar nasceu quatro chifres notáveis para os quatro ventos do céu. De um destes "chifres" saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Este chifre cresceu até atingir o exercito dos céus e das estrelas e do exercito lançou por terra e os pisou, engrandeceu-se até o príncipe do exercito; dele tirou o sacrifício diário por causa das transgressões, e deitou a verdade por terra e o que fez prosperou. Neste momento Daniel viu que um dos Santos que falava perguntou a outro Santo até quando duraria a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, e a resposta foi: até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário seria purificado. Neste momento uma voz diz a Gabriel, para explicar a visão a Daniel que não conseguia compreende-la, Daniel cai prostrado e perde os sentidos, mas Gabriel o toca e o colaca de pé e começa a lhe explicar a visão. A  visão se referia ao tempo do fim, aquele carneiro com dois chifres simbolizava a Média e a Pérsia, a Pérsia simbolizava o chifre mais alto, por que sempre foi maior que a Média e por fim ela tornou-se líder do império, mas o bode peludo era o reino da Grécia, o chifre grande entre os olhos simbolizava o primeiro rei, Alexandre o grande, que no auge de sua força foi quebrado, Alexandre morreu no auge de seus 32 anos assassinado ou envenenado, muitos acreditam que pode ter sido doente de Malária; no seu lugar levantou-se quatro chifres deste mesmo povo mas não com força igual ao reino de Alexandre, pois ao se dividir o império Grego entre os quatros Generais de Alexandre, Lisímaco, Cassandro, Seleuco e Ptolomeu, o império Grego foi se deteriorando cada vez mais por lutas internas destes quatros reinos até finalmente sucumbir ao império Romano que o substituiu conforme a história humana e as profecias de Daniel que estamos estudando. No verso 23, diz que ao findar estes quatro reinos, se levantaria um rei muito feroz, especialista em intrigas, o seu poder é grande mas não por sua própria força, ele destruiria até os poderosos e o povo santo, faria prosperar o engano e levantaria contra o príncipe dos príncipes, mas seria quebrado sem esforço humano. Quem é este rei poderoso o chifre pequeno? Muitos estudiosos por causa de apenas um verso distorcem completamente os fatos Bíblicos e históricos sobre este personagem central do livro de Daniel, no verso 9 diz que o chifre pequeno sai ou surge de um dos quatro chifres, dando a entender que é um poder Grego, baseado nisso, dizem que o chifre pequeno é Antíoco Epifânes IV, um rei Seleuda que por volta de 168 a.C quis dominar o mundo, após muitas lutas contra o Egito, o reino dos Ptolomeus, foi expulso por Roma e na sua volta invadiu a Palestina tomando o templo de Jerusalém, no templo ele aboliu os sacrifícios e profanou o templo oferecendo carne de porco no altar do templo e colocou uma estátua de Zeus, deus Grego, dentro do templo. O período de tempo que ele fez isso foi 3 anos e 10 dias até que em 165 a.C os judeus liderados por Judas Macabeus, em revolta derrotou os exércitos de Antíoco que ao voltar para sua casa morreu de tristeza, dizem alguns historiadores. Lendo com atenção a profecia bíblica, vemos vários indícios para não aceitar Antíoco como sendo o chifre pequeno, veja: em algumas traduções bíblicas diz que o chifre pequeno saiu " de um deles" e não de um dos chifres como em outras traduções, pode ser entendido sem problema que o chifre pequeno saiu de um dos quatro ventos, pontos cardeais, norte, sul, leste ou oeste. Reforça esta colocação o verso 23 que fala que no fim do reinado dos quatros reinos Gregos aí sim se levantaria o chifre pequeno. Outro detalhe importante é que no verso 24 fala que seu poder não é de força própria, ou seja, ele não tinha exército mais dependia de outros, na sequencia usa termos idênticos ao poder do 11º chifre de Daniel 7, seria contra o povo santo, faria prosperar o engano, se levantaria contra o príncipe dos príncipes, ou seja , o próprio Jesus; e não seria quebrado ou destruído por força humana, deixando claro que Deus daria seu fim. Antíoco foi expulso pelos Romanos e depois pelos Judeus, contrariando a profecia. O poder de Roma Papal se encaixa perfeitamente nas características do chifre pequeno, ela já faz parte das profecias do capítulo 7 e o capítulo 8 dá mais detalhes sobre a sequencia profética e cronológica da história bíblica e humana, Roma Papal estava localizada no coração do império Romano que se expandiu para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa, ou palestina, também se engrandeceu até os céus, pois dizia ser o representante de Deus na terra, pisou os santos que não aceitavam o engano que por 1260 anos prevaleceu, engrandeceu-se até o próprio Jesus tirando dele o sacrifício diário, e o seu santuário foi deitado abaixo, Romanos 12 mostra claramente que o nosso culto racional a Deus é o nosso sacrifício diário, e devemos fazer e pedir tudo em nome de Jesus, Roma papal tirou de Jesus o devido lugar de adoração, tinha que se confessar ao padre, pedir aos santos intercessão a Deus, se a Bíblia diz que há um só mediador, Jesus o Príncipe dos Príncipes, I Timóteo 2:5, deitando assim o santuário de Jesus abaixo, a sua morte corpórea na cruz como o único meio de perdão e salvação. Também Roma Papal levantou-se no poder depois que os quatros reinos Gregos acabaram, era especialista em intrigas, pois apesar de não ter força própria, exército, influenciava os reinos que lhe apoiava a destruir quem não concordava com sua ideias, isso aconteceu inúmeras vezes, no extermínio das três tribos Bárbaras, Herulos, vândalos e os ostrogodos, nas cruzadas e principalmente na época das inquisições. E por fim só será destruída com o retorno de Jesus, sem esforço de mãos humanas, como vamos ver na sequencia das Profecias de Daniel e principalmente as de Apocalipse. Sobre as 2300 tardes e manhãs e o tribunal que se assentou para julgar antes da volta de Jesus, no próximo capítulo 9 de Daniel você terá a chave do tempo profético, e verá a perfeição que as peças deste maravilhoso mundo das profecias se encaixam. Não perca o próximo estudo, que Deus nos acompanhe e nos ilumine a mente para compreender a verdade que liberta, Amém. 

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