Na Obra do Senhor, todos são iguais e necessários!
Texto Bíblico: Deuteronômio 14:2
Querido ouvinte refletindo
sobre alguns assuntos ministeriais me veio a cabeça uma Biografia de um dos
maiores senão o maior jogador de Basquete de todos os tempos Michael Jordan.
Ele desde pequeno já se destacava perante os outros garotos no esporte, em sua
Biografia algo me chamou muito a atenção. Ele conta que era muito individualista,
pegava a bola e não soltava mais, no início foi uma empolgação, pois ele entrou
no time e começaram a ganhar, mais com o passar dos dias, os outros jogadores
ficaram desmotivados, seus pais não queriam que Michael Jordan jogasse no time
de seus filhos, pois eles não teriam oportunidade de jogar seriam apenas
espectadores. Muitas vezes nem pegavam na bola. As portas foram se fechando
para Michael Jordan, então o técnico passou a motiva-lo a jogar para o time e
não ser o time, sozinho. Ele começou a distribuir as jogadas, dividir os lances
com os companheiros envolvendo todos na partida. Michael Jordan continuou sendo
a estrela do jogo! Mais agora todos se sentiam útil e sabiam que tinham
participado da vitória ou derrota também. Michael Jordan adquiriu a capacidade
de decidir jogos, envolvia todos os companheiros durante uma partida, defendia
excepcionalmente bem, exercia uma grande liderança no seu grupo, dando o
exemplo de dedicação e superação aos seus companheiros. Se trouxermos este
exemplo para a igreja, veremos que falta líderes que tenham esta sensibilidade.
Eles chamam o jogo para si e tornam o restante da igreja apenas espectadores,
enquanto deveriam incentivar a todos participarem, demonstrando a importância
de cada um. Igreja é um Corpo. Então fica aqui o grande desafio. Como tornar os
cristãos cada vez mais integrados e envolvidos nos objetivos, alvos e vários
ministérios da Igreja como Corpo de Cristo. Olhando para a história do povo de
Israel nas páginas do Antigo Testamento, podemos claramente perceber que os
líderes exerciam papel fundamental e decisivo na vida da Nação. Assim, podemos
ver o declínio do povo e o total afastamento de Deus quando liderado por
Jeorão, o rei que morreu sem deixar de si saudades. (II Cr 21:20). Mas, por outro
lado podemos ver um líder como Josias, que "fez o que era reto aos olhos
do Senhor" e levou todo o povo de volta para Deus e Sua Palavra. II Reis
22 e 23. É muito grande a responsabilidade daqueles que são chamados para
"pastorear" o rebanho do Senhor, e somente na força e dependência
dEle é que cada líder poderá desenvolver tão sublime missão. O MINISTÉRIO DE
CADA CRISTÃO. Precisamos voltar ao modelo do Novo Testamento, vivido pela
igreja do primeiro século, e também exposto por Paulo em I Co 12. Cada crente é
um ministro e, por isso, devemos fugir do modelo "clerical", onde
alguns são considerados "profissionais", enquanto que a maioria é
platéia, assistência, ou apenas espectadores. Quando penso no envolvimento de
todos na obra do ministério, me vem à mente o que aconteceu nos dias de Salomão
e a intensa participação de todos na construção do templo. O Primeiro Livro dos
Reis 5:15 nos informa sobre o envolvimento do povo nos mais diferentes
serviços. Setenta mil levavam as cargas, oitenta mil cortavam pedras nas
montanhas, três mil e trezentos davam as ordens, além daqueles que trabalhavam
as madeiras e pedras trazidas das montanhas. Na obra do Senhor não há lugar
para espectadores, não há arquibancada, não há torcida; apenas um imenso campo,
onde todos precisam atuar. Na obra do Senhor não pode haver pessoas e funções
privilegiadas, mas todos são iguais e todos são necessários, exatamente como
importante é cada membro do nosso corpo. O modelo "clerical" acaba
por criar um monstro imaginado por Paulo, quando disse: "Se todo o corpo
fosse olho, onde estaria o ouvido?". Embora o olho seja um dos órgãos mais
belos do corpo, você pode imaginar quão horrível seria todo o corpo sendo olho?
Um olho imenso rolando pelas ruas! A figura bíblica da igreja como um corpo é
indicação da importância de cada membro, sem que haja destaques especiais. Um
texto do Velho Testamento que também vem reforçar este argumento é I Sm 30:24,
onde Davi atribui igual valor tanto aos que foram à frente da batalha, como aos
que ficaram com a bagagem. "Qual foi a parte dos que desceram à peleja,
tal será a parte dos que ficaram com a bagagem".
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