sábado, 16 de abril de 2022

Esboço de sermão pastor Euzebio: Paixão de Cristo é "Chegado a hora".

Live Especial – Paixão de Cristo é “chegado a hora”
Texto Bíblico: Lucas 22:7-16

A vida é movida pela paixão. Tudo o que é realizado inicia por um coração e mente apaixonados. Uma vida sem paixão é uma vida sem realizações. A paixão determina o seu foco, define suas prioridades e canaliza a direção da sua energia. Se tivéssemos que definir paixão com apenas uma palavra, essa indubitavelmente seria a palavra amor. Quando há paixão, não há desmotivação em função dos obstáculos que surgem diante do que tem que ser feito. Nesta live veremos uma paixão que dividiu a história, mudou o mundo e transformou vidas. A paixão de um Deus que se tornou homem. A Paixão de Jesus Cristo!
Como poderia um convicto, condenado e executado pretendente ao trono de Roma desencadear, nos três séculos seguintes, um poder para sofrer e para amar, que modelaria o império? A resposta cristã é que a paixão de Jesus Cristo foi absolutamente única, e sua ressurreição dentre os mortos, três dias após, foi um ato de Deus para confirmar o que Sua morte consumou.
A expressão "paixão de Cristo" indica o intervalo de tempo entre a oração de Jesus no Getsêmani e a sua morte na cruz. A origem da palavra paixão vem do latim que significa "sofrer" ou "suportar". O significado de paixão mais popular hoje, o de "emoção ou sentimento forte" só surgiu por volta do século XV. Por isso, a paixão de Cristo se refere ao sofrimento de Jesus para salvar todos aqueles que acreditam no seu sacrifício na cruz. Ele suportou a dor, a vergonha, a solidão e a traição, aguentando o peso do nosso pecado. Jesus era o único que não merecia morrer, mas era também o único que poderia nos salvar. A paixão de Cristo aconteceu graças ao Seu infinito e sublime amor! A paixão de Jesus Cristo foi única porque Ele era único. Quando perguntado “És tu o Cristo [=Messias], Filho do Deus Bendito[=Deus]?”, Jesus disse “Eu sou”. Era uma afirmação quase inacreditável. Esperava-se que o Messias fosse poderoso e glorioso. Mas ali estava Jesus, pronto para ser crucificado, dizendo abertamente o que Ele freqüentemente apontava durante seu ministério: Eu sou o Messias, o Rei de Israel. Ele falou abertamente no exato momento em que havia menos chances de ser acreditado. E então, Ele adiciona palavras que explicam como um Cristo crucificado reinaria como Rei de Israel: “Vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu” (Mc 14:62). Em outras palavras, Ele espera reinar à direita de Deus e algum dia voltar à Terra em glória. A paixão de Cristo é um assunto solene que abordamos em poucas linhas. Por vezes, o mundo expõe a paixão de Cristo como um espetáculo. Já durante a crucificação tal é mencionado na Palavra de Deus quando refere «toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo» (Lc 23:48). Mas o verdadeiro crente compreende a importância desta cena e do que foi realizado na cruz de Cristo. Apenas ele considera este assunto do maior respeito e temor a Deus.
A Bíblia é a nossa única referência para saber o que Deus quer que saibamos sobre a morte de Jesus. Nos quatro evangelhos, as testemunhas oculares e os servos de Deus apresentam as cenas dos últimos momentos de Jesus na Terra: os seus sofrimentos, as acusações que lhe foram feitas, o ódio e a maldade dos homens ligados a Ele e a sua crucificação. O livro dos Salmos e os livros dos profetas dão-nos a conhecer, numa linguagem por vezes imaginada, os sofrimentos da sua alma antes e quando Ele foi crucificado. O livro de Atos dos Apóstolos dá o testemunho que o Espírito Santo realizou por meio desses homens de Deus. Todas essas escrituras bíblicas são inspiradas por Deus (2 Tm 3:16), pelo que todos os seus escritores receberam orientação divina do Espírito Santo (1 Pe 1:10-12 e 2 Pe 2:21), conferindo-lhes assim autoridade para o crente.
A tradição dos homens, não tendo essa origem divina, só pode alterar ou mesmo contradizer os ensinamentos bíblicos. É por essa razão que a Bíblia é a nossa única referência para conhecer com exatidão as coisas relativas a Jesus (Lc 1:1-4). Por esse motivo é que o citamos e encorajamos os nossos irmãos a ler a Bíblia, ou seja, a Palavra de Deus. Essa arrebatadora paixão de Cristo o levou ao nascimento, a vida, ao choro, ao sofrimento, a entrega, a morte, a ressurreição e a promessa do Seu retorno por mim e por você. Isso muda tudo. O Deus Filho torna-se homem sem deixar de ser Deus, simplesmente para salvar a mim e a você!
A narrativa em Lucas que lemos no início deste sermão, se inicia com a declaração “Chegou o dia”. (Lc 22:7). Se há alguém que tinha plena certeza do que deveria fazer, esse alguém era Cristo. Nos evangelhos há várias declarações de Jesus como “ainda não é chegada a minha hora” (Jo 2:4), “O meu tempo está próximo” (Mt 26:18), “ É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem (Jo 7:30). Isso nos revela a intenção de Cristo e o seu foco para realizar o que era necessário no tempo devido. A sua paixão era canalizada para realização em um tempo certo e devido. O tempo não era guiado por sua paixão, mas sua paixão era guiada pelo tempo devido para o sacrifício que deveria redimir o homem. E essa ideia é reforçada no verso 14 do capítulo 22 de Lucas com a expressão “Chegada a hora”. Cristo não entregou Sua vida antes que realizasse a obra que viera fazer, e ao exalar o espírito, exclamou: “Está consumado”.
Conclusão: a paixão de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é um objeto de glória e um ensinamento de paciência. Pois, o que deixará de esperar da graça de Deus o coração dos fiéis, se por eles, o Filho único de Deus, coeterno com o Pai, não se contentou em nascer como um homem entre os homens, mas inclusive quis morrer pela mão daqueles homens que Ele mesmo tinha criado? Grande é o que o Senhor nos promete para o futuro, mas é muito maior ainda aquilo que celebramos recordando o que já fez por nós. Onde estavam, ou quem eram, aqueles ímpios por quem Cristo morreu? Quem duvidará que possa deixar de dar sua vida aos santos, se Ele mesmo entregou sua morte aos ímpios? Portanto, confessemos e declaremos bem às claras que Cristo foi crucificado por nós: e façamo-lo não com medo, mas com júbilo, não com vergonha, mas sim com orgulho. O apóstolo Paulo, que se deu conta deste mistério, proclamou-o como um título de glória. E embora pudesse recordar muitos aspectos grandiosos e divinos de Cristo, não disse que se gloriava destas maravilhas – que tivesse criado o mundo, quando, como Deus que era, achava-se junto ao Pai, e que tivesse imperado sobre o mundo, quando era homem como nós, mas sim disse: “Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. amém


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