A oração é o diálogo, a conversa com Deus. Contudo, ela também pode ser empregada para a busca do conhecimento próprio. Nem a oração escapa desse anseio que atravessa o coração e a paciência do ser humano. As palavras de Jesus aqui são enérgicas, em termos de crítica e reprovação: "... quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas". Jesus sabe da importância da oração. É por isso que Ele recomenda a reclusão para a oração pessoal. A expressão "seu quarto", utilizada nas nossas traduções, não conseguem descrever com maior intensidade os termos originais. melhor seria traduzir aqui que Jesus quer que se entre numa "despensa de alimentos sem luz" para orar, pois essa era a única peça com porta nas modestas casas da Palestina. Isso pode parecer estranho à primeira vista. Mas, observando mais de perto, pode-se notar a real preocupação de Jesus: Ele quer proteger a oração do abuso, da utilização interesseira.
Jesus sabe que existem aqueles que oram nas reuniões de oração e na rua com o objetivo de serem vistos pelos outros. Essas são pessoas que ainda estão presas à necessidade de reconhecimento. Desejam que aqueles que os cercam os encham de elogios, aplausos e deferência. Quem já obteve o reconhecimento do pai por intermédio da fé em Jesus Cristo, quem já se sabe aceito, acolhido e amado por Deus, pode orar no canto mais escuro e sem luz que este mundo tem. Além disso, a oração não precisa ser um discurso, ou uma pregação. Ela pode ser breve e simples, na medida da necessidade e possibilidade. O que a oração, entretanto, não dispensa é a confiança em Deus. Sem esta, a oração não passa de uma fala de si para si mesmo (Lucas 18:11).
pastor Jairo Valentim Silva
Fonte: Revista - RENOVAÇÃO DE FÉ
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