quarta-feira, 29 de maio de 2019

Esboço de sermão pastor Euzebio: Restauração da Aliança conjugal.

Restaurando a aliança conjugal
Texto Base: Gênesis 2:24,25
Introdução: No Antigo Testamento o sentido de “Aliança” seria de eleição, seleção. “Sempre quando há aliança se esta elegendo, escolhendo alguém.” Quando analisamos os termos de aliança no Antigo Oriente Médio, percebemos que as palavras têm o sentido de “unir”, “ligar”, “amarrar”. O aspecto básico da aliança na Bíblia é unir, ligar pessoas distintas. O propósito é criar um relacionamento com compromisso. As pessoas que entram num relacionamento de aliança se comprometem uma com a outra assumindo um compromisso mútuo o qual é geralmente confirmado no ato por um juramento. Aliança é uma ligação ou união baseada em sangue e administrada de modo soberano por Deus. O conceito de uma união baseada em sangue indica que a aliança do AT expressa a idéia de um relacionamento sério com implicações de vida e morte. Numa cerimônia onde havia morte de animais, a aliança era feita sendo declarado que se o cumprimento não ocorresse a parte devedora acabaria como o animal sacrificado, ou seja, uma quebra de uma das partes poderia resultar em morte. Por isso que a Bíblia diz que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23). O pecado é a quebra de uma aliança. Toda vez que o povo hebreu pecava havia morte (Ez 18:20). Se alguém não morresse, ainda assim havia morte, morte substitutiva para a remissão dos pecados (Lv 4).
Princípios da Aliança Conjugal: A aliança conjugal foi estabelecida por Deus, foi Ele quem selou este pacto. Nesta aliança também há sangue: é natural acreditar que Eva, em sua primeira relação sexual, sangrou. Normalmente, as relações sexuais envolvem sangue. Toda vez que os casais se relacionam sexualmente em amor, estão reafirmando a aliança conjugal. Havia uma prática muito comum entre os hebreus onde, após a noite de núpcias, mostrava-se o lençol manchado de sangue. Este é o símbolo da concretização da aliança e da pureza da mulher (Dt 22:13…). Deus repudia o divórcio porque significa quebra de aliança. Por outro lado, Ele se alegra na fidelidade conjugal. Vamos examinar o “texto de Gênesis 2:24,25” e extrair alguns princípios:
Princípio da Renúncia:  “Portanto deixará…” Deixar significa, entre outras coisas, renunciar. É, na verdade, renunciar a vida que se levava antes do casamento. Existem pessoas que casam mas querem continuar levando a vidinha de solteiro. Continuam enfiados na casa dos pais; por qualquer briguinha, vão pra casa da mamãe falar mal do cônjuge. Deixar é deixar, é renúncia. É abrir mão da rodinha de amigos; do futebol (quando se torna prejudicial); do passeio com as amiguinhas; das viagens à sós…É claro que existem as exceções. “solteiro vive como solteiro, casado vive como casado”. 
Princípio da Prioridade: “Deixará o homem a seu pai e a sua mãe…” É cortar o cordão umbilical e entender que o cônjuge é a pessoa mais importante. Pois, é com o cônjuge que iremos viver pelo resto da vida. A aliança conjugal sobrepõe-se à aliança maternal. Ela não anula os vínculos com os nossos pais, pelo contrário: devemos continuar honrando pai e mãe. Depois de Deus, o cônjuge passa a ser a pessoa mais importante de nossa vida. Se algum casamento não segue esta ordem é porque algo está errado.
Princípio da Unidade:  “Unir-se-á à sua mulher…” Este é um princípio ignorado por muitos cônjuges. Ele não sabe por onde ela anda, ela não faz a mínima idéia de onde ele esteja; ele diz uma coisa, ela diz outra; ele diz “não”, ela diz “sim”. É uma tremenda confusão! Este princípio é muito amplo, ele envolve diversos aspectos na vida de um casal, desde o relacionamento entre ambos à criação dos filhos. Por isso, devem buscar um denominador comum, um ponto de convergência. Os cônjuges precisam dar satisfação de onde vão ou deixam de ir. De preferência, devem andar juntos sempre que for possível. Talvez, você conheça casais que só andam separados, isso pode indicar que alguma coisa não vai muito bem nesse casamento. O casal unido é forte, a família unida é forte, a igreja unida é forte!
Princípio da Sexualidade: “Serão ambos uma só carne…” É justamente na relação sexual que esta palavra, “uma só carne”,  se cumpre literalmente. O sexo no casamento é uma benção de Deus. Por isso, ele deve ser sem mácula (Hb 13:4). O sexo é, principalmente, a renovação da aliança conjugal. Quando os princípios estão sendo quebrados, as conseqüências aparecem no sexo: a frieza, a abstinência, o egoísmo e tantas outras anomalias. Não é bom que um casal sexualmente ativo se prive do sexo. Isso é uma brecha para Satanás agir (I Co 7:5). Por isso é que não deve haver espaço para mágoas e ressentimentos, o perdão deve ser uma constante (Ef 4:26,27).
Princípio da Transparência: “E ambos estavam nus…” O relacionamento de Adão e Eva (antes da queda) era transparente, não havia o que esconder, a própria nudez era vista com muita naturalidade. A vida à dois deve ser assim: transparente. Se um dos cônjuges faz alguma coisa que o outro não pode saber, tem alguma coisa errada. Há esposas que não sabem realmente no que o marido trabalha, porque ele faz segredo. Muitos pais ensinam os próprios filhos a fazerem coisas escondidas: “Mamãe vai fazer isso, mas papai não pode saber, é um segredo nosso”. Muitas dessas experiências são reproduzias pelos filhos quando se casam. O cônjuge não pode ser o último à saber o que está acontecendo no lar, no trabalho ou seja lá onde for. Se há unidade, deve haver transparência. Quando o casal é transparente as coisas não ficam em oculto, elas são reveladas. Não deve haver segredos entre eles (salvo as raras exceções). Os cônjuges não usam máscaras, não mentem, não fazem nada às escondidas.
Que esta palavra os abençoe tremendamente.


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